sexta-feira, abril 28, 2006

ZATTI LANÇA LIVRO "O PARANÁ E O PARANISMO"

A solenidade oficial de lançamento de mais um livro do escritor e companheiro de ideais do Gesul e Movimento O Sul é o Meu País, Carlos Zatti, não poderia ter local e data mais apropriados: O dia do Tropeiro e na cidade histórica de Lapa, no Paraná. Sob o título, "O Paraná e o Paranismo", Zatti exalta com esta obra os valores inerentes ao povo paranaense, suas origens e sua história de luta na formatação de uma identidade cada dia mais firme e forte diante do cenário nacional e internacional.

Na solenidade de lançamento do livro, o autor fez um pronunciamento, que por seu valor histórico, reproduziremos aqui. De acordo com ele, O livro tem o foco, em última instância, de dizer que os paranaenses têm identidade, sim; que o Paraná não é um mero aglomerado de pessoas despersonalizadas, mas sim de gente distinta e que pode ser identificada entre os demais grupos humanos".

E continuou: "Uma pena não estar presente a nossa Secretária da Cultura do Estado, para ouvir a palestra de hoje e tomar conhecimento do patrimônio imaterial da Lapa, que é o patrimônio do Paraná Tradicional e, então, parar de repetir "diversidade", "diversidade", "diversidade". Ela acredita e transmite ao povo que é a diversidade que identifica o paranaense. E nessa insistência, como uma verdadeira discípula de Goebbels, fez com que os incautos acreditassem nela. Ora, como pode a diversidade identificar alguma coisa, se o diverso não tem identidade? Não é possível a diversidade antes da unidade, as variantes antes da forma original. Nossa unidade é o paranismo ponteado pelo tropeirismo.

O tropeiro é o nosso arquétipo, seja ele peão ou estancieiro, seja ele escravo ou “de tiro longo”, porque em sua volta estão as fazendas de criação e, nas fazendas as lidas tradicionais que criaram usos, costumes e até o nosso modo de falar... o sotaque biriva... as bombachas, que muitos paranaenses de nossos dias, relutam em aceitar como nossa indumentária... e, que até discriminam o chimarrão quando na verdade a erva-mate é nativa/originária do vale do Iguaçu. Quantas vezes vemos conterrâneos apontarem para alguém de cuia na mão e dizer "olha lá um gaúcho", indevidamente, porque no pampa a erveira não se desenvolve, e o pampeano, se quiser chimarrear, é obrigado a comprar a erva aqui na serra, onde ela cresce harmoniosamente com o pinheiro do Paraná.
Quando os índios do Guairá foram expulsos e migraram para a região missioneira do Rio Grande, foram eles que levaram mudas e sementes de erva para aquela região e eles, índios do Paraná, juntamente com os tropeiros, é que ensinaram os pampeanos a tomar o chimarrão. A diversidade cultural que a Secretaria de Estado se refere (e isso ouço há uns 30 anos) seria a existência dos grupos folclóricos ucranianos, alemães, italianos, poloneses, cantry’s, japoneses, etc?... Tais grupos preservam artes culturais daqueles países e não as nossas tradições. Foi de tanto ouvir agruras daquela Secretaria, que resolvi escrever “O PARANÁ E O PARANISMO”.

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

E dá-lhe grande ZATTI...

Já tava passando da hora.
Onde encontro o livro???

5:28 AM  

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