sexta-feira, maio 05, 2006

PLEBISCITO ALTERNATIVO:

A GREVE DE GAROTINHO E O MOVIMENTO O SUL É O MEU PAÍS

Celso Deucher*

O Brazil, através do estado brasileiro (Brasília), é cada dia mais motivo de risos envergonhados entre nós Sul-Brasileiros e aqueles verdadeiros cidadãos brasileiros que tem vergonha na cara. Não fosse pela funesta "sorte" de termos um presidente ideologicamente comprometido com a defesa dos seus companheiros e companheiras de ideologia e não do povo sofrido do seu país, temos ainda que agüentar a vergonha internacional de ver políticos que almejam a presidência do império verde e amarelo, fazer greve de fome.

É de amarelar de vergonha.

Não é por menos que vem crescendo vertiginosamente a multidão dos que se deram conta que o custo é muito caro para ser brasileiro e o benefício, equivale apenas a uma boa dose de masoquismo nacionalista inflado artificialmente. Sem futebol, samba e a fábrica de ilusões que a mídia, serva de Brasília produz, não agüentaríamos mesmo, passar por tanta humilhação.

Enfim, com esta carteira de identidade brasileira, o máximo que conseguiremos no panorama internacional é mesmo, ser o país da prostituição de crianças e adolescentes, crime que culpamos um único responsável: o estado brasileiro. Foi ele quem incentivou a prostituição das nossas mulheres, basta ver os comerciais institucionais bancados por Brasília no exterior nos anos 60, 80 e 90. Mas esse já é um outro papo.

Os cidadãos de bem são ensinados a ver sempre, não só o lado negativo das coisas. Neste caso do Garotinho, quebramos a cabeça para achar alguma coisa que se pudesse analisar como positiva sobre o assunto. Não encontramos. Porém, algo merece ser melhor explicado na “positiva” greve do “nosso” político.

A julgar pelo noticiário sobre o assunto, o que o candidato vislumbra, além de querer seu nome limpo na praça (o que parece será impossível, visto a falta de provas de sua inocência) é resguardar a lisura das eleições de outubro e para tanto, quer que o pleito tenha uma coisa chamada de "acompanhamento de observadores internacionais". Eis pois, a grande novidade nessa greve de "fome política".

Os mais desavisados poderiam se perguntar, o que exatamente isso tem haver com o Movimento O Sul é o Meu País e o que seriam estes tais observadores. Pra que servem afinal essa gente "estrangeira" que Garotinho pede que venham aqui “ficar de olho” em possíveis atos de improbidade nas próximas eleições?

A figura dos observadores internacionais nasceu da conjugação simples de caráter especialmente humanitário, envolvendo a Organização das Nações Unidas, governos nacionais e ONGs internacionais. O papel deles se desenvolve em missões especificas, algumas em situações mais explosivas (como os observadores da ONU na inspeção de armas nucleares do Irã), outras na observação de possíveis danos ao meio ambiente, ao sistema democrático e aos direitos humanos como um todo.

Os observadores cumprem um papel importantíssimo a nível internacional pois são eles, que com uma certa dose de isenção “avalisam” ao mundo se tais ou tais coisas, eventos e processos em um determinado canto do globo são ou não dignas de crédito. Assim como, se não estão de acordo, denunciam possíveis irregularidades. Na maioria dos casos, o papel destes observadores é de zelar para que a Carta das Nações Unidas, as liberdades individuais e coletivas e os direitos humanos universais, não sejam vilipendiados.

Sabedores que somos agora, do papel destes observadores, resta-nos explicar no que eles podem nos ajudar, na luta pelo direito de autodeterminação do Povo Sul-Brasileiro, defendida pelo Movimento O Sul é o Meu País.

Não é novidade para ninguém que Brasília, dificilmente nos cederá o direito de provarmos ao país e ao mundo que aqui na região Sul do continente existe um povo, sujeito de direitos, que não mais se identifica com aquele país e que por este motivo e vários outros, luta para ver reconhecido seu direito universal e inalienável de mudar de identidade e ter o seu próprio Estado Nacional, organizado como melhor lhe convier. Este povo quer ver reconhecido na prática o que reza com todas as letras as resoluções da ONU, os pactos internacionais de direitos civis, políticos, culturais, econômicos e sociais, além da Declaração Universal dos Povos e a Declaração Universal de Direito dos Povos: "Todos os povos têm o direito à livre determinação; em virtude deste direito, determinam livremente o seu estatuto político e orientam livremente o seu desenvolvimento econômico, social e cultural".

Está no projeto de ação do Movimento O Sul é o Meu País, após terminada a fase de organização e representação em todos os municípios Sulistas e depois de discutir com o povo Sul-Brasileiro um projeto democrático de país, levar a cabo, por sua própria conta, o que convencionamos chamar de "Plebiscito Alternativo".

Para que, este ato do movimento tenha a idoneidade e seja realmente reconhecido pela comunidade internacional, a entidade pretende convidar, pelo menos cinco entidades internacionais de direitos humanos para que venham ser observadoras de todo o processo. Eles poderão atestar no panorama internacional, com a dose de isenção necessária aos processos democráticos, se o povo Sulista quer ou não a sua autodeterminação. Se este Plebiscito é ou não digno de crédito pelos organismos internacionais.

Torcemos para que a resposta do Povo Sulista seja um retumbante Sim. De posse do resultado deste verdadeiro processo democrático, será então, definitivamente despoletado o processo seguinte da revolução pacifica, que não temos dúvida, levará o Sul a total autodeterminação ante ao imperialismo de Brasília.

Quem sabe essa resposta já esteja nas urnas em 2008?

*Presidente do Movimento O Sul é o Meu País, Secretário Geral do Gesul - Grupo de Estudos Sul Livre

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial