quarta-feira, maio 10, 2006

PARANÁ NA LUTA

CARLOS ZATTI: UM GUERREIRO POR NATUREZA

Ele é um dos nossos melhores homens na luta por um Sul Livre. 58 anos, formado em Ciências Contábeis, membro do IHGPR (Instituto Histórico e Geográfico do Paraná), renomado escritor, músico, guerreiro por natureza, Carlos Zatti, de Curitiba, para o mundo é um dos principais divulgadores dos ideais de liberdade do povo Sul-Brasileiro.

De acordo com ele, sua história dentro do Movimento O Sul é o Meu País renasceu em 1993, quando da fatídica reportagem do programa “Fantástico”, da Rede Globo. "Já, durante a exibição do programa, o lampejo do ideário aflorou, mesmo diante dos acintes cometidos pela emissora, pichando seus membros de racistas e nazistas, no intento de desmoralizar a grande idéia que renascia das cinzas de movimentos históricos como a Inconfidência Mineira, a Revolução Farroupilha, a Sabinada, a Balaiada, o levante de Zumbi, o brado do Contestado" diz Zatti. Depois deste dia, nunca mais deixou a idéia de lado. É como se o coração deste "vivente" tivesse totalmente revigorado, batendo mais forte e com nova nacionalidade.

Perguntado, sobre por que o Sul é seu País, Zatti não titubeia: "O Sul é o meu País, por que o Estado brasiliano, que sempre servi com dignidade e dedicação, que sempre respeitei como pátria, não condiz com o caráter a que fui disciplinado, ao fito de uma cidadania digna. de outra parte, os valores culturais (materiais e imateriais) do Sul, diferem aos valores do resto deste país continental", assinala. E vai mais longe, "este país continental é um verdadeiro mosaico de povos e nações subjugadas pelos grilhões da Capital que centraliza todas as decisões em detrimento ao livre arbítrio de seus Estados membros". É precisamente nesta critica contundente ao centralismo macabro imposto por Brasília, que Carlos Zatti, com humor e ao mesmo tempo seriedade, é o autor da famosa alcunha por que grande parte dos Sulistas conhecem a sede do poder central: "Estrumeira de JK".

Mas, como toda boa liderança de uma causa, Zatti enfatiza que não adianta nada ser idealista e não buscar seus compatriotas para se associar e juntos defenderem a mesma idéia. Por isso, lá em 1993 ainda, procurou o Movimento O Sul é o Meu País e a Sociedade Amigos do Paraná (que na época ainda existia, sob a coordenação de outro grande guerreiro Franklin Sternhein e se associou. "de lá pra cá, sou um militante assíduo do Movimento e tudo o que estiver ao meu alcance sempre faço em prol da organização", diz Zatti. "Os motivos são os fundamentos que ensejaram a Carta de Princípios do nosso Movimento. Além disso, como cultuador de nossas coisas, acredito que, independente, o Sul progredirá rapidamente, fazendo a sonhada felicidade dos sulistas, conservando sua identidade cultural, seus usos, costumes e tradições", enfatiza.

Como escritor, Carlos Zatti já publicou três livros, todos numa mesma direção: valorização da terra e da gente Sulista. Em 1994 publicou a obra “Nas Restevas do Gauchismo“, em 1998 “SUL” e em 2006 “O Paraná e o Paranismo”. Três obras que se completam entre si e que merecem lugar de destaque na leitura dos militantes do Direito de Autodeterminação dos Povos em todo o continente brasílico. Já como músico lançou, no tempo do LP, o disco intitulado: “Gauchismo é assim” (produção independente). Como escritor que é, não consegue calar-se diante dos descalabros do Brasil e publica artigos em jornais de todo o Sul, notadamente sobre a cultura sul-brasileira e a critica construtiva a tomada de consciência sobre um mundo melhor para Sulistas e Brasileiros.

"A imprensa está aí, mostrando, a todo o momento, para todos que, 500 anos são suficientes para saber que o Brasil é um caso que não deu certo; a união de diversos povos submetidos a um regime centralizador só se presta a infelicitar cada vez mais cada um destes povos. O centralismo, implantado no Brasil, protege a picaretagem, vantajosa para os detentores de poder, com sua avassaladora burocracia, amesquinhando a generosidade própria de cada região, fazendo tabula rasa à cultura e idiossincrasias dos Estados membros, menosprezando suas legítimas aspirações, sufocando assim as manifestações culturais e a potencialidade criativa de cada recanto do grande e belo País", avalia Zatti. Para ele, até a Carta Magna é viciada, contraditória e com antagônicos princípios democráticos onde o poder que deveria emanar do povo e em seu nome ser exercido, está arquitetada para concentrar tudo na Capital, negando o próprio federalismo. "Um País que nega o princípio de autodeterminação dos povos, para mantê-los servis ao deleite da elite dominante, é um país que não cabe na minha concepção do que seja democracia e nem livre arbítrio para que eu e meus pares possamos viver em harmonia com os demais brasis", finaliza Zatti.

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